Em um vale dos Andes, e
que até há poucos anos estava interditado aos cientistas porque era uma zona de
plantadores de coca e dominada por traficantes, foi descoberta uma nova espécie
de lagarto, batizada de Enyalioides feiruzae ou lagarto da
madeira feiruz. A espécie foi descrita numa pesquisa do herpetologista
Pablo J Venegas, associado do Instituto Peruano de Neurociências e publicada no
periódico científico Evolutionary
Systematics. Segundo os pesquisadores, foram sete anos de pesquisas de
campo até concluírem o estudo sobre o animal.
O lagarto-dragão
Também chamado de lagarto-dragão
devido sua aparência de um dragão em miniatura, apresentam uma enorme variedade
de cores, sobretudo os machos.
Seu descobridor Pablo J. Venegas
destacou que “a pesquisa sobre biodiversidade é importante porque
precisamos saber que tipo de vida existe no planeta para protegê-la”, o fato é
que estamos numa corrida contra o tempo destruindo a floresta tropical e
os oceanos com atividades como agricultura, pecuária e corte de florestas para
a produção de madeira, completou.
Muitas ameaças à sobrevivência
do lagarto-dragão
Esta destruição é real na América
do Sul, onde as florestas tropicais estão desaparecendo em um ritmo
alarmante devido à destruição do habitat e às mudanças climáticas.
O lagarto-do-bosque Feiruz
já vive uma mudança de paisagem. O estabelecimento de plantações de coca nas
décadas de 1980 e 90 fragmentou a região de Yungas, onde vive,
consequentemente, apenas uma população do Parque Nacional Tingo Maria
está protegida.
A descoberta de espécies
endêmicas no Peru é importante porque o governo determina quais
áreas de vida selvagem conservar com base no número de espécies que vivem lá. E
a prioridade é dada aos ecossistemas que abrigam espécies endêmicas. Ao
descobrir e nomear criaturas, os ecologistas esperam que o governo se
comprometa a protege-las criando unidades de conservação.