Ave que não voa, o Kagu
(Rhynochetos jubatus) é nativo do território ultramarino francês da Nova Caledônia,
no Pacífico, onde é encontrada somente na ilha de Grand
Terre, a maior e a única montanhosa do arquipélago. Está listada pela
IUCN como espécie em perigo (EN). Foi adotada como emblema nacional.
O kagu tem latido semelhante
aos cães
O Kagu tem uma grande
crista, pernas longas e um 'latido' peculiar, que pode ser ouvido a mais de um
quilômetro de distância. Eles são altamente territoriais, envolvendo-se em
confrontos às vezes ferozes acompanhados de gritos estridentes. Esta ave tem
aproximadamente o tamanho de uma galinha, nidificam no chão possibilitando que
os ratos comam seus ovos.
Esta espécie é exclusivamente
carnívora, alimentando-se de uma variedade de animais como vermes, caracóis
e lagartos entre as presas mais importantes. Também se alimentam de larvas,
aranhas, centopeias e insetos como gafanhotos e besouros. A maior parte da
dieta é obtida da serapilheira
ou do solo, com outras presas encontradas na vegetação, troncos velhos e
rochas.
O Kagu quanto ao habitat é um generalista
sendo capaz de existir em uma variedade de diferentes tipos de floresta se
houver presas suficientes, desde a floresta tropical até a floresta
de planície mais seca.
População do kagu foi quase
extinta
Era uma espécie abundante no
passado e quase extinta no século XIX, caçada por suas penas de crista
utilizadas em chapéus femininos e ameaçada por predadores introduzidos pelos
colonizadores, como cães, gatos, porcos e ratos. O seu habitat sofreu redução
devido a exploração de minas de níquel que contribuiu para o desmatamento de
certas áreas. Mas graças ao trabalho dos cientistas, o kagu sobreviveu
Kagu é criado em cativeiro
para posterior soltura
Atualmente o Kagu goza de
proteção total na Nova Caledônia. Tem sido objeto de conservação sendo bastante
receptivo a criação em cativeiro, reproduzindo bem no Zoológico
de Nouméa e prosperando no Parque
Territorial Rivière Bleue , na Nova Caledônia. Neste último local são
realizadas solturas na natureza de aves criadas em cativeiro. Um dos problemas
para a sua conservação é que o kagu se reproduz pouco. As fêmeas colocam
apenas um ovo por ano.
As estimativas recentes para a
população do Kagu sugerem que existem menos de 1.000 exemplares vivendo
na natureza. As décadas de criação em cativeiro conseguiram reintroduzir as
aves no ambiente natural, e o controle de predadores permitiu a recuperação de
algumas populações.
Fonte: Edge of existence, Birdlife, Avibase, Birds of the world, Beauty of birds, Culturetheque.
Foto: Kagu-youtube