Tigres (Panthera tigris)
são mamíferos da família Felidae, carnívoros predadores e o maior e mais
poderoso de todos os felinos existentes. São caçadores solitários,
que vivem em florestas ou pastagens, para as quais sua camuflagem é ideal e
onde é fácil caçar presas mais rápidas ou mais ágeis. São grandes nadadores
frequentemente encontrados tomando banho em lagoas, lagos e rios.
Maioria dos tigres existentes
são cativos
Historicamente, os tigres
existiam em grande parte da Ásia Oriental e Meridional, bem como em partes da
Ásia Central e Ocidental e no Oriente Médio, ao redor do Mar Cáspio. Seu
alcance diminuiu significativamente à medida que as populações humanas se
expandiram. Hoje ocupam apenas 7% de seu território original. São encontrados
em uma variedade de habitats no sul e sudeste da Ásia, China e leste da Rússia.
Os tigres selvagens são
cerca de 3.200 na natureza (de um número estimado de 100.000 no início do
século 20), com outros 9.000 ou mais mantidos em cativeiro – a maioria nos EUA
e na China. Peças e produtos de tigre ainda são comercializados no mercado
negro em todo o mundo, mas particularmente na Ásia. A criação de tigres em
cativeiro não ajuda as populações selvagens e pode, de fato, promover aumento
da demanda por tigres e suas partes.
Governos se unem para salvar
os tigres
Em um esforço para conter a taxa
em que os tigres selvagens estão desaparecendo, em novembro de 2010, os
governos dos estados restantes da área de tigres - que incluem Bangladesh,
Butão, Camboja, China, Índia, Laos, Malásia, Mianmar, Nepal, Rússia, Tailândia,
e Vietnã – se reuniram em São Petersburgo, na Rússia, e concordaram em
trabalhar juntos em um Programa
Global de Recuperação de Tigres com o objetivo de dobrar o número de animais
até 2022.
Existe uma única espécie de
tigre, mas seis subespécies ainda vivas, separadas geograficamente cada uma
com suas particularidades. Infelizmente, três subespécies de tigres já estão
extintas sem nenhum indivíduo vivendo em cativeiro.
A subespécie mais rara de
tigre é o do Sul da China
Dentre as subespécies de tigre, a
mais rara e a próxima a ser reconhecida como extinta na natureza é o Tigre
do Sul da China ou Tigre de Amoy (Panthera tigris amoyensis).
Esta espécie estava com a população saudável até a década de 1950, mas entrou
em rápido declínio quando o governo chinês à época o declarou como “praga
animal”, esta declaração gerou uma caça organizada ao animal por várias décadas
até o final da década de 1970 quando foi estabelecida sua proteção. Desde então
seus números despencaram e neste século não foi observado nenhum exemplar na
natureza, embora houvessem vários relatos não comprovados ou falsos (como as
fotos de 2007).
Por outro lado, a espécie
continua a existir com cerca de 100 indivíduos cativos em 2021. A sua reintrodução
na natureza tem sido prevista e em particular pela associação internacional
Save China's Tigers que mantém
uma reserva no Vale de Laohu, na África do Sul, que foi criada em 2000 para
esse fim. A reserva recebeu 19 tigres em 2016 e desde então ocorreram vários
nascimentos. Os tigres vivem em semi liberdade caçando presas selvagens
africanas.
Em sintonia com o " Programa
global de Recuperação de Tigres “de 2010-2022 a China lançou em 2011 um
plano nacional de conservação para seus tigres selvagens. O Programa
de Recuperação de Tigres da China (CTRP) abrange três subespécies: o tigre
siberiano (EN), o tigre do sul da China (CR) e o tigre da
Indochina (EN).
Em junho de 2021 foi publicado
estudo na Science
Direct com análise de prováveis lugares para a soltura de tigres do sul
da China. Esta pesquisa pode auxiliar a tomada de decisão pelo governo
chines para avançar no processo de reintrodução do tigre na natureza.
Fonte: Biologie-seite, Science Direct, Bloomberg, WWF, Wild Cat Family, Allthingsnature, especes-menaces, SafarisAfricana.
Foto: tigre do sul da China - wikimédia commons