Tigre siberiano salvo da extinção



 

Os tigres são grandes predadores conhecidos pela sua força e astucia na caça às presas. No entanto as suas diversas subespécies estão ameaçadas. Já houve nove subespécies de tigre, mas três foram extintas durante o século XX. Nos últimos cem anos, a caça e a destruição das florestas reduziram drasticamente as populações de tigres em geral. Os tigres são caçados como troféus e também por partes do corpo que são usadas na medicina tradicional chinesa. Todas as seis subespécies de tigre restantes estão ameaçadas.

Principais ameaças ao Tigre de Amur

O tigre siberiano ou tigre de Amur (Panthera tigris altaica), como também é conhecido, é um dos maiores predadores terrestres. E entre os tigres é o único que domina a vida na neve. Entre as ameaças que sofreu e ainda sofrem estão: a primeira e principal delas é a caça furtiva, e não apenas a caça aos próprios predadores, mas também a caça aos herbívoros de que os tigres se alimentam. A segunda é a morte de tigres nas mãos de residentes locais, cujo gado de vez em quando se torna presa dos predadores. O terceiro é o desmatamento e a redução da área onde os tigres se sentem confortáveis.

Na década de 1940 havia menos de 50 exemplares no planeta. Em 1947 o tigre de Amur foi colocado sob proteção oficial na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), da qual fazia parte a Rússia. Nessa época a caça foi completamente proibida. Mas a população cresceu muito lentamente – em 2010 não havia mais do que 400 exemplares.

Boas noticias sobre a população de tigres

Nos anos seguintes o trabalho de restauração da população de tigres da Rússia tomou impulso e houve significativo avanço: em 2019 seu número aumentou e de acordo com a WWF são agora mais de 500 animais vivendo nesse país.

Há novas e boas notícias. Apesar das crescentes pressões, algumas populações de tigres estão tendo um aumento populacional. Além dos 500 animais existentes na Rússia, na China armadilhas fotográficas revelaram que cerca de 55 tigres vivem agora no nordeste desse país.

A razão para o súbito aparecimento dos tigres no nordeste da China se deve, em grande parte, a uma política nacional chinesa chamada Projeto de Proteção da Floresta Natural (NFPP) que inclui a criação de várias reservas.

China e Rússia assinam parceria para proteção do tigre.

Outra boa notícia é que em junho de 2019, a China e a Rússia assinaram uma parceria estratégica abrangente que afirma que os dois países irão aprofundar a cooperação e a proteção de animais selvagens ameaçados, incluindo tigres siberianos e seus habitats naturais, e monitorar conjuntamente os animais em perigo para garantir que aqueles no nordeste da China possam migrar livremente através da fronteira sino-russa.

Considerando essas informações se pode afirmar que há aproximadamente 600 tigres vivendo na natureza entre a Rússia e a China. As medidas tomadas para sua recuperação tem sido efetivas e permitem vislumbrar uma recuperação consistente do tigre siberiano. Há, ainda, projetos em andamento para sua introdução no Cazaquistão.

Foto: Leipzig zoo - divulgação