Em março de 2021 pesquisadores
publicaram artigo no Zoological
Journal of Linnean Society descrevendo nova espécie de ave batizada de Surucuá
de Murici (Trogon muriciensis). A nova descoberta já está
classificada como criticamente ameaçada, estimando-se que existam
somente 90 casais na Estação
Ecológica (Esec) de Murici, em Alagoas. A Estação é uma
unidade de conservação protegida pelo Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).
Surucuá de Murici se
diferencia de outras espécies do gênero trogon
O Surucuá de Murici se
distingue de qualquer outra espécie do gênero trogon, pelo tamanho – é
um pouco menor -, pela coloração da plumagem e pelo barramento da cauda, que
segue um padrão de listras. Além disso, foram encontradas diferenças no canto e
em caracteres genéticos. Todas essas características foram identificadas em
exemplares machos. A fêmea ainda não é conhecida.
Como todos os pássaros do gênero
trogon o surucuá-de-Murici é bastante colorido
Os trogons estão entre os
pássaros mais coloridos do mundo: os machos são padronizados com tons de
verde incandescente, azul, violeta e roxo acima, e um abdômen vermelho
brilhante, amarelo ou laranja, as fêmeas tem plumagem cinza ou marrom.
O estado de conservação do
Surucuá de Murici preocupa
Há preocupação pelo estado de
conservação do Surucuá de Murici porque todos os registros tem origem numa
mesma localidade que tem menos de 30 km2 de floresta, em pequenos
fragmentos. A descoberta também reforça a importância do bioma Mata
Atlântica e a urgente necessidade de preservação dos fragmentos existentes
em diversos estados brasileiros. A descoberta de novos animais e aves nesse
bioma mostra que a sua devastação deve ser interrompida e novas áreas devem
ser recuperadas, pois embora margeando grandes extensões urbanizadas, mantém em
seu interior espécies ainda desconhecidas.
Fonte: O
Eco, AMDA,
Extra
Jornal, G1Globo,
Sci-News,
Muriciweb
Foto: Saracua de Murici,_Herminio Vilela, do_Youtube