No século XIX, ano de 1870, foi
morto a tiros o último quagga (Equus quagga quagga) selvagem na África do Sul e
o último espécime mantido em cativeiro morreu em agosto de 1883.
O Quagga é uma subespécie da
zebra da planície (zebra de burchell), ela diferia de outras zebras
principalmente por ter sido listrada apenas na cabeça, pescoço e parte frontal
de seu corpo, e por ser acastanhada, ao invés de branca, em suas partes
superiores. A barriga e as pernas não eram listradas e esbranquiçadas.
A análise de DNA de quagga
mantida como espécime de museu, provou que o extinto quagga era na verdade uma
zebra de Burchell ou planície com uma variação de cor, na qual algumas de suas
listras de perna e traseiro desapareceram. Isso também significa que as zebras
de Burchell ou das planícies ainda carregam genes do extinto quagga, embora
eles possam estar mais diluídos agora do que antes.
Levando em conta essa constatação
teve início em 1987 um projeto de reprodução denominado Quagga Project (www.quaggaproject.org). De início
estimava-se que levaria cinco gerações ou 25 anos para recriar um quagga, mas
para surpresa geral, ele foi recriado em apenas três gerações. Foi em 2005,
menos de 20 anos após o início do projeto, que se obteve um potro que atendia
aos requisitos de coloração do animal extinto estabelecidos por autoridades
genéticas. Hoje o projeto conta com 100 animais em seu programa de criação,
sendo 14 deles classificados como Equus quagga quagga.
O projeto tem o objetivo
explícito de trazer de volta um animal extinto e reintroduzi-lo em reservas em seu
antigo habitat. Afirmam seus idealizadores que se espera retificar um erro
trágico cometido há mais de cem anos por causa da ganancia e da miopia. Se
espera que , se esse renascimento for bem sucedido, no devido tempo os rebanhos
que apresentarem o fenótipo do quagga original percorrerão novamente as
planícies.
O objetivo é liberar o quagga de volta à vida selvagem em áreas onde eles viveram naturalmente, como o Parque Nacional Karoo, e onde não se cruzarão com outras zebras.
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Foto: Projeto Quagga - divulgação