Considerado um dos maiores símbolos da conservação da biodiversidade no mundo, o urso panda (Ailuropoda melanoleuca) é universalmente reconhecido pelas suas duas cores predominantes, o preto e o branco. No entanto esse panda gigante tem duas subespécies que se diferenciam claramente pela cor. O mais conhecido deles o Urso panda comum (Ailuropoda melanoleuca melanoleuca) de cores preto e branco e outro bastante distinto o Urso panda de Qinling (Ailuropoda melanoleuca qinlingensis) de cor marrom e marrom claro, que também é conhecido como urso panda marrom.
Há grandes diferenças entre os
dois tipos de urso panda gigante
Esse urso panda gigante de cor
marrom foi descoberto nas montanhas de Qinling, China, em 1985 quando foi
avistado um exemplar, mas não foi reconhecido como subespécie até 2005. A
sua população é restrita às Montanhas Qinling, em altitudes de 1.300 a
3.000 metros. Sua coloração é possivelmente uma consequência da endogamia: como
a população está fechada à variação genética, ao surgir a mutação ela deve ter
sido preservada no grupo isolado dos demais pandas gigantes. Segundo os
cientistas, as duas subespécies não interagem uns com os outros há 300.000 anos.
Há outras diferenças que se
destacam entre os dois tipos de pandas. De acordo com pesquisadores, os pandas
de Sichuan (panda preto
comum) têm cabeças maiores e mais longas e são mais semelhantes aos ursos em
sua aparência. Em comparação, aqueles da cordilheira Qinling de Shaanxi (panda marrom) têm
cabeças mais redondas com narizes mais curtos, tornando-os mais parecidos com
gatos. O panda marrom também é menor que o seu congênere.
Os ursos pandas de Qinling
existem somente numa única reserva natural
Estima-se que existam apenas
entre 200 e 300 pandas Qinling vivendo em estado selvagem. O tipo de habitat,
dieta e comportamento desses ursos parecem idênticos aos do panda gigante. A Reserva
Natural Nacional de Foping, a 158 quilômetros de Hanzhong, é usada
principalmente para a proteção dos pandas gigantes de Qinling e será
transformada em Parque
Nacional a partir de 2025 aumentando a proteção das espécies selvagens que
habitam o local.
Risco de sobrevivência do urso
panda marrom está associado à poluição ambiental
Devido ao restrito alcance da subespécie
Qinling, ela foi exposta a metais tóxicos como cobre, níquel, chumbo e
zinco que agora estão presentes no bambu e no solo onde vive como resultado da poluição
ambiental. Estudos publicados na revista Environmental
Pollution de 15 de março de 2021, que analisaram a situação do urso panda
marrom, comprovam que altas concentrações de metais no bambu e no solo estão
relacionados a altas altitudes, portanto a Cordilheira de Qinling é cada vez mais
afetada. A pesquisa mostra que a poluição do ar passa a ser um sério
problema para a sobrevivência dos pandas marrons.
Fonte: Parody
wiki, Daily
Mail,Weibo.com, Bear Conservation,
Nature, Xinhuanet,
Kidadl, Em.people.cn, China
Daily,China
Daily epaper, Journal of
Mammalogy, Allspecies,
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