De 31 de outubro a 12 de
novembro, os líderes mundiais se reúnem em Glasgow (Reino Unido) para a Cúpula
sobre Mudanças Climáticas (COP26) . É um grande evento que reúne líderes de
todo o mundo para encontrar maneiras de intensificar a ação global para
resolver a crise climática.
De acordo com o último relatório
do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o aquecimento
global está causando mudanças mais dramáticas e, em alguns casos, irreversíveis
nos padrões de chuvas, oceanos e ventos em todos os países. A nível mundial, são observados eventos
meteorológicos extremos mais frequentes e intensos, como ondas de calor,
inundações e incêndios florestais. No interior de São Paulo surgiram imensas
nuvens de poeira que cobriram cidades inteiras causando temor a seus habitantes
e provocando vitimas fatais.
O Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC) não tem dúvidas quanto ao motivo de aumentarem os
eventos climáticos cada vez mais extremos e, em seu relatório mais recente,
publicado em agosto de 2021, mais uma vez apontou diretamente para as mudanças climáticas.
Também culpou a humanidade pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa
(GEE) que, por sua vez, são parcialmente responsáveis pelo aumento das
temperaturas em todo o mundo.
O painel de especialistas alerta
que, se as emissões de CO 2 não forem reduzidas nas próximas décadas, o aumento
das temperaturas em nível mundial ultrapassará o limite estabelecido no Acordo
de Paris. Como resultado, os fenômenos climáticos extremos continuarão a ser
mais generalizados, a calota polar ártica encolherá - por exemplo, blocos de
gelo e geleiras - o nível do mar aumentará e a perda de biodiversidade será
inevitável.
De acordo com a Oxfam, mais de 20
milhões de pessoas por ano são obrigadas a abandonar suas casas em consequência
dos efeitos das mudanças climáticas, que incluem fenômenos climáticos extremos.
Na maioria dos casos, essas
consequências são perdas graves de vidas humanas e ruína econômica. De acordo
com o Índice de Risco Climático 2021 elaborado pela organização Germanwatch,
oito dos dez países mais afetados por esses fenômenos têm economias de baixa
renda. Pensando nisso, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma) estima que, até 2030, a adaptação às mudanças climáticas e o
enfrentamento dos danos que elas causarão custarão aos países em
desenvolvimento entre 140 e 300 bilhões de dólares por ano. Além do mais, esses
eventos também afetam a biodiversidade do ecossistema , colocando inúmeras
espécies sob ameaça.
Os eventos climáticos extremos,
devido ao aquecimento global, tendem a se tornar cada vez mais frequentes,
tornando-se um “novo normal” planetário com inundações e ondas de calor nunca
vistas que afetam o abastecimento de água nas cidades, causando crises
esporádicas de alta gravidade e afetando a saúde humana. Os centros urbanos em
todo mundo devem modificar sua infraestrutura para suportar esses eventos
extremos que tenderão a fazer parte de nosso quotidiano se medidas urgentes de
combate ao aquecimento global não forem feitas.
É extremamente urgente agir
contra as mudanças climáticas. A COP26 oferece aos líderes mundiais uma
oportunidade única de agir em conjunto e rapidamente para limitar o aumento da
temperatura e as mudanças climáticas.
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Foto: Divulgação