As maiores ameaças enfrentadas pelos leões brancos sempre foram o comércio descontrolado e a caça de leões machos para obtenção de troféus. No entanto, agora os leões brancos podem estar enfrentando uma ameaça renovada de extinção depois que a taxa para matar os animais raros na África do Sul foi reduzida de £ 30.000 (R$217.080) para £10.000 (R$72.360) no início de 2021. Agora, as empresas de caça estão diminuindo os preços e aumentando o número de licenças para caçadores de troféu de todo o mundo.
Leões brancos são
comercializados como troféus e atrações turísticas
A caça ao troféu no país rende
cerca de £ 300 milhões (mais de 2 bilhões de reais), mas sofreu um enorme
impacto financeiro por causa da pandemia de Covid. Um dos principais troféus
para os caçadores é o raro leão branco. Restam menos de 20 na natureza e
cerca de outros 100 em cativeiro.
Eles são criados como atrações
turísticas, mas quando ficam grandes demais os felinos são encaminhados para safáris
de caça, onde geralmente são vendidos pelo maior lance. Também são
comercializados vivos para fazer parte de coleções particulares, por mero
exibicionismo, seu valor de mercado é estimado em cerca de US$ 138.000 (cerca de R$745.000).
Extintos na natureza foram
reintroduzidos no ambiente natural
O primeiro avistamento registrado
do leão branco aconteceu em 1938. Eles são encontrados na região do Kruger Park e de Timbavati, na África do Sul, e
foram extintos na natureza após um aumento nos assassinatos por caça de
troféus. A partir de agora, o pequeno número que resta deles na natureza é tudo
graças aos programas de reintrodução que foram implementados como medida de
estabilizar sua população e impedir a caça desses animais.
Os leões brancos não são avaliados especificamente
na Lista Vermelha da IUCN, pertencem à família geral dos leões,
tendo como única exceção a raridade de seu gene que afeta sua coloração. Eles
não são albinos, pois não possuem essa pigmentação específica. Seus olhos são
geralmente azuis ou dourados, com nariz preto e manchas escuras atrás das
orelhas. As jubas dos leões brancos machos são geralmente loiras amareladas ou
brancas, assim como as pontas de sua cauda. Uma leoa branca não tem juba. Os
filhotes são bem parecidos com os adultos.
Devido à sua pele clara, havia a
suposição de que os leões brancos estariam em desvantagem genética quando
comparados aos seus homólogos castanhos. Muitos argumentavam que os leões
brancos são incapazes de se camuflar. Estudos científicos realizados durante 10
anos demonstraram exatamente o contrário. Em seu habitat natural, os
leões brancos eram capazes de se camuflar e eram tão predadores quanto os outros
leões selvagens.
Por causa de sua aparência
majestosa, eles foram reverenciados como seres sagrados por tribos no sul da
África, mas também foram caçados até a extinção na natureza.
Leões brancos adultos não eram
mais vistos em seu habitat natural em 1994, levando à iniciativa de
restabelecer leões brancos na natureza. Esta iniciativa foi liderada pelo Global White Lion Protection Trust (WLT) que
obteve do governo sul-africano a colocação dos leões brancos em status
oficial de proteção.
Reintrodução dos leões brancos
na natureza tem sido positiva
A origem do leão branco é
a região de Greater Timbavati, no sul da África, e atualmente estão protegidos
no National Kruger Park, e nas
reservas de Timbavati e Umbabat na África do Sul. Após serem caçados até
a extinção na natureza, os leões brancos foram reintroduzidos em 2004.
Com a proibição da caça de troféus na região de Timbavati e nas reservas
naturais circundantes, os primeiros filhotes brancos nasceram na área em 2006.
O Parque Kruger teve sua primeira ocorrência de nascimentos de filhotes
de leão branco em 2014. Desde 2008, 11 filhotes de leão branco foram vistos
dentro e ao redor das reservas deTimbavati
e Umbabat. Atualmente, existem cerca de três bandos de leões
brancos em Timbavati que estão se reproduzindo com sucesso.
Fonte: Global White Lion
Protection Trust, Thought.Co,
Kidadl, World
Atlas, Zoo de
Cincinnati, Dailystar
Foto:Leão Branco_thoughtco