Os hipopótamos já foram mais abundantes no continente africano. Atualmente, na natureza, muitas das suas populações se extinguiram localmente ou se tornaram menos numerosas. Hoje existem apenas duas espécies de hipopótamo: o hipopótamo comum (Hippopotamus amphibius) e o hipopótamo pigmeu (Choeropsis liberiensis).
Animais solitários e adaptados
ao ambiente terrestre
O hipopótamo-pigmeu é uma
espécie nativa das florestas e pântanos da África Ocidental na Costa do
Marfim, Guiné, Libéria e Serra Leoa. É uma espécie classificada
como em perigo de extinção (EN) na Lista Vermelha da
IUCN. Em todo o mundo existem 2000 a 2400 animais, considerando aqueles que
vivem em zoos.
Os hipopótamos pigmeus são
mais solitários e mais adaptados ao ambiente terrestre do que seus parentes
maiores, os hipopótamos comuns que vivem no rio. Eles estão adaptados a viver
em um ambiente de floresta, com corpo e cabeça menores para se entrelaçar na
vegetação e pernas mais longas. Seus pés também são menos palmados, refletindo
a maior quantidade de tempo que passam andando no chão.
Hipopótamos pigmeus diminuem
drasticamente em número
Confinados a um número cada vez
menor de locais adequados na África Ocidental, os hipopótamos-pigmeus continuam
a diminuir drasticamente em número, principalmente devido à perda de habitat e
à caça.
Grandes áreas do habitat
florestal original, especialmente na Costa do Marfim, foram destruídas
ou degradadas por plantações comerciais de dendezeiros e outros produtos,
agricultura itinerante, mineração e extração de madeira, e a caça à carne de
animais selvagens está aumentando em toda a região. Devido à redução das
florestas, as populações do hipopótamo-pigmeu ficaram mais fragmentadas, o que
leva à perda da diversidade genética das subpopulações isoladas.
A grande maioria dos hipopótamos
pigmeus restantes no mundo é encontrada na Libéria, e há populações
menores que sobrevivem na Costa do Marfim, Guiné e Serra Leoa.
Reprodução em zoos pode
garantir sobrevivência da espécie
Apesar de ameaçado na selva, o hipopótamo-pigmeu
se reproduz e vive muito bem em zoológicos. A sobrevivência das espécies nos
zoos é mais certa do que na floresta. Em cativeiro, o hipopótamo-pigmeu
vive entre 42-55 anos, mais do que na selva. Esta espécie de hipopótamo —
Choeropsis liberiensis — está inserida no Programa
Europeu de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (EEP) da Associação Europeia de
Zoos e Aquários (EAZA),
Há diversos projetos em andamento
para a proteção do hipopótamo pigmeu, entre os quais o da Fauna&Flora
International (FFI) que trabalha com parceiros locais e internacionais para
proteger a espécie no Parque
Nacional do Sapo , a
maior área protegida da Libéria, e na floresta transfronteiriça floresta
transfronteiriça Ziama-Wonegizi-Wologizi , que atravessa a
fronteira entre a Guiné e a Libéria. Um dos objetivos principais da estratégia
de conservação é garantir a conectividade entre todas as populações conhecidas
do hipopótamo-pigmeu.
Fonte: Palm
Oil detectives, Marwell.zoo, Zoo Berlin, Fauna&Flora
International, Wilder
Foto: Hipopótamo-pigmeu_Zoo Duisburg