A espécie recém-identificada,
chamada de baleia de bico Ramari (Mesoplodon eueu), ocorre em
águas temperadas do hemisfério sul, com relatos de ocorrência em vários locais
ao largo da África do Sul, Austrália e Nova Zelândia. A descoberta da baleia
com bico de Ramari eleva o número total de espécies de baleias com bico para
24.
A pesquisa indica que a baleia
Ramari evoluiu nos últimos 500.000 anos, medindo 5 metros de comprimento e
pesando mais de uma tonelada. É reconhecível por sua cabeça inclinada e uma
grande presa que aponta da mandíbula inferior até a superior, ajudando-a a se
alimentar de sua comida favorita: a lula.
Espécie de baleia de águas
profundas
Esta espécie raramente surge à
superfície para respirar e se alimenta de 3.000 pés de profundidade na
tentativa de evitar as orcas, que as comeriam.
A baleia de bico do Ramari
provavelmente passa muito tempo no mar, em águas profundas, já que poucos
espécimes foram descobertos.
A baleia com bico de Ramari foi
descoberta em 2011 por maoris
quando a carcaça de uma fêmea grávida apareceu na Ilha Sul da Nova Zelândia.
A nova espécie, anunciada
formalmente em Proceedings
of the Royal Society B no número de outubro deste ano, é chamada de baleia
de bico de Ramari em homenagem a Ramari Stewart, uma especialista em baleias
Maori que foi fundamental na descoberta.
Nome da nova baleia homenageia
mulher e aborígenes
No comunicado anunciando a
descoberta a espécie foi descrita como notável tanto por seus atributos únicos
quanto por seu nome. Não é apenas raro descobrir novas espécies de baleias,
mas ainda mais raro dar o nome de mulheres e homenagear os povos indígenas
cujas costas oceânicas são visitadas por essas criaturas incríveis.
O nome científico da nova
espécie, Mesoplodon eueu, também reflete o conhecimento indígena. ‘Eueu'
significa 'peixe grande' na língua dos povos
Khoisan da África do Sul, onde foram encontradas outras baleias que
ajudaram a distinguir esta nova espécie.
A baleia com bico de Ramari foi
descoberta em 2011 por maoris quando a carcaça de uma fêmea grávida apareceu na
Ilha Sul da Nova Zelândia.
Foto: Roland Edler