Aumenta a população de leões
na Índia
Desde 2010 a população do leão
asiático tem aumentado constantemente. Em maio de 2015, a população de
leões foi estimada em 523 indivíduos, compreendendo 109 machos adultos, 201
fêmeas adultas e 213 filhotes. Em agosto de 2017, foram contados 650 leões
selvagens. Em junho de 2020, um exercício de estimativa contou 674 leões
asiáticos na região da floresta de Gir, um aumento de 29% em relação ao censo
de 2015. O número de leões tem aumentado de forma consistente, atingindo mais
de 700 indivíduos em 2022.
As áreas costeiras tiveram um
aumento de 38%, com a população de leões crescendo de 87 em 2020 para quase 120
em 2022. O crescimento da população foi relatado principalmente nas áreas
costeiras de Bhavnagar, Amreli e Gir Somnath.
A população de leões asiáticos
aumentou a tal ponto que, cerca de um terço reside fora da área protegida.
Consequentemente, o conflito entre os residentes locais e a vida
selvagem também aumentou. A população local protege suas plantações e animais
domésticos usando cercas elétricas alimentadas com alta voltagem. Alguns
consideram a presença de predadores um benefício, pois mantêm a
população de herbívoros sob controle. Mas alguns também temem os leões e
mataram vários em retaliação por ataques a rebanhos.
Embora o governo estadual tenha
ampliado as Reservas de Leões e criado cinco áreas protegidas para sua
conservação, a área de distribuição dos leões expandiu-se além dessas zonas,
passando de cerca de 5.000 quilômetros quadrados na década de 1970 para mais de
16.000 quilômetros quadrados, em cinco distritos. Atualmente, o número de leões
fora das Áreas Protegidas da Vida Selvagem de Gir é maior do que dentro de seus
limites.
Os leões do Parque Nacional Gir
têm preferência pela caça de chital (Axis axis ), veado sambar ( Rusa unicolor
), nilgai ( Boselaphus tragocamelus ), búfalo doméstico ( Bubalus bubalis ),
gado e, menos frequentemente, javalis ( Sus scrofa ). Na última década, houve
muito poucas mortes de gado dentro do santuário devido a mudanças na distribuição
de presas na comunidade.
A vulnerabilidade do leão
asiático
Embora a subespécie de leão
asiático seja a que mais cresce atualmente, isso não lhe assegura a
sobrevivência por si só. Isto porque ocorre como única população e, portanto, é
vulnerável à extinção por eventos imprevisíveis, como uma epidemia ou um grande
incêndio florestal. Levando em consideração esse problema os conservacionistas
se preocupam em manter em cativeiro uma população de leões asiáticos puros.
A maior preocupação é que o leão
asiático só é encontrado em um lugar, no mundo, que é o Parque Nacional de Gir
e o Santuário de Vida Selvagem em Gujarat e arredores sendo, portanto,
vulnerável a numerosas ameaças.
No ano de 2022-23, houve 89
mortes naturais e 11 não naturais de leões asiáticos em Gujarat. Os números são
de 1º de abril de 2022 a 31 de janeiro de 2023. Das 100 mortes, 20 eram leões
machos, 21 eram fêmeas e 58 eram filhotes. De acordo com o Ministro das Florestas,
a taxa de mortalidade de leões caiu substancialmente em comparação com os
últimos dois anos. De acordo com dados oficiais, no ano de 2020-21, o número
total de mortes de leões registradas foi de 137, incluindo 14 mortes não
naturais, e no ano de 2021-22, o número de mortos foi de 129, incluindo 16
mortes não naturais. As causas por trás das mortes não naturais incluem cair em
poços abertos ou ser atropelado por veículos ou trens.
No mês de setembro de 2018, 24
leões morreram em questão de semanas em Gir. O vírus da cinomose canina (CDV),
uma doença altamente infecciosa, foi detectado entre as dezenas de animais
reais e matou pelo menos 11 deles. O surto em 2018 foi um lembrete sombrio de
que, embora o número de leões tenha aumentado, sua segurança não pode ser
garantida. Os leões têm baixa diversidade genética por causa de seu pequeno
tamanho populacional, o que os torna mais vulneráveis a epidemias.
Além disso um número significativo
de leões, cerca de um quarto deles tendem a viver fora do habitat principal,
aumentando assim o risco para eles de vários projetos de infraestrutura,
conflito humano com a vida selvagem e outros fatores externos. Há também a
ameaça de calamidade natural. As inundações de 2015 em Saurashtra submergiram
centenas de aldeias e partes do santuário, matando 8 leões.
Os riscos da hibridização
Em zoológicos há muitos leões que
são híbridos de espécies africanas, que não podem servir para constituir
uma nova população selvagem. No entanto, estima-se que existam 115 leões de
raça puros em cativeiro, sendo que 85 deles estão na Índia. Leões asiáticos de
raça pura são necessários para formar uma nova população que diminua o risco
de extinção.
Fonte: The Pioneer, Times of India, Hans India, The Weather Channel, One Earth, Hindustan Times
Foto: Leão asiático_ by Stotra Chakrabarti